Não lestes o que fez Davi quando passava necessidade, e estavam famintos ele e seus companheiros? Entrou na casa de Deus, sendo o sumo sacerdote Abiatar, e comeu os Paes apresentados (que somente os sacerdotes podem comer) e repartiu com seus companheiros. E acrescentou: o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 25-17).
Jesus não prescinde da lei por nenhum sentimento de desprezo. Trata-se de um descumprimento fundamentado na solidariedade ante a premência da vida. Rinaldo Fabris faz a seguinte afirmação sobre esses eventos: a transgressão do sábado não é intencional nem provocadora, mas subordinada à atividade de Jesus (curas) e às necessidades dos discípulos. Com efeito, Jesus oferece um novo critério para julgar o sábado.
Jesus é autônomo ante a lei quando esta atenta contra a vida; é autônomo quando, contra a prática, apoiada na lei religiosa, que proibia as relações como pessoas de má fama, como os coletores de impostos e descrentes, se relacionava com estes, negando dessa maneira o preconceito social. E se já não fosse o bastante o relacionar-se com tais figuras, eles os convidava a fazer parte de seu grupo, acolhendo-os como são e como irmãos e irmãs. (Mc 2, 14-17).
Quando Jesus decide representar sua própria compreensão dos fatos e dá-los a um rumo diferente, ele o faz por meio de sua experiência com o Pai e do exercício autônomo de sua experiência histórica; para consentir que um evento seja tratado de maneira diferente daquele que o cânones apontam, ele experimenta sua própria razão inscrita em sua autonomia, que por sua vez é a liberdade fundamental do ser mediatizada por fatos históricos, i. é, uma liberdade historicizada.
O esforço libertador de Jesus se concentra na libertação ideológica do povo. De fato,muito mais profunda que a submissão ao poder romano,gênero de opressão evidente para todos, era a opressão criada pela ideologia religioso-política que se apresentava com o aval da autoridade do próprio Deus.
Essas ideologias além se arrogarem o controle do humano, o que já é em si um fator negativo e atroz, vinham chanceladas pelo suposto mandato divino, o que piora enormemente a situação. E nome de Deus se praticava a marginalização; em nome de Deus era exigida submissão cega a interpretação da Lei proposta pelos dirigentes; em nome de Deus incutiam a culpa e a indignidade perante Deus; em nome de Deus celebravam um culto alienante e explorador e em nome de Deus impedia-se toda liberdade e iniciativa, tornando impossível o desenvolvimento do humano. Enfim, em nome de Deus se fazia tudo o que, notadamente por Jesus, não convinha a Deus. Além disso induziam à idolatria, já que incutiam no imaginário popular uma idéia de Deus que sequer passa perto de ser verossímil.
Jesus não prescinde da lei por nenhum sentimento de desprezo. Trata-se de um descumprimento fundamentado na solidariedade ante a premência da vida. Rinaldo Fabris faz a seguinte afirmação sobre esses eventos: a transgressão do sábado não é intencional nem provocadora, mas subordinada à atividade de Jesus (curas) e às necessidades dos discípulos. Com efeito, Jesus oferece um novo critério para julgar o sábado.
Jesus é autônomo ante a lei quando esta atenta contra a vida; é autônomo quando, contra a prática, apoiada na lei religiosa, que proibia as relações como pessoas de má fama, como os coletores de impostos e descrentes, se relacionava com estes, negando dessa maneira o preconceito social. E se já não fosse o bastante o relacionar-se com tais figuras, eles os convidava a fazer parte de seu grupo, acolhendo-os como são e como irmãos e irmãs. (Mc 2, 14-17).
Quando Jesus decide representar sua própria compreensão dos fatos e dá-los a um rumo diferente, ele o faz por meio de sua experiência com o Pai e do exercício autônomo de sua experiência histórica; para consentir que um evento seja tratado de maneira diferente daquele que o cânones apontam, ele experimenta sua própria razão inscrita em sua autonomia, que por sua vez é a liberdade fundamental do ser mediatizada por fatos históricos, i. é, uma liberdade historicizada.
O esforço libertador de Jesus se concentra na libertação ideológica do povo. De fato,muito mais profunda que a submissão ao poder romano,gênero de opressão evidente para todos, era a opressão criada pela ideologia religioso-política que se apresentava com o aval da autoridade do próprio Deus.
Essas ideologias além se arrogarem o controle do humano, o que já é em si um fator negativo e atroz, vinham chanceladas pelo suposto mandato divino, o que piora enormemente a situação. E nome de Deus se praticava a marginalização; em nome de Deus era exigida submissão cega a interpretação da Lei proposta pelos dirigentes; em nome de Deus incutiam a culpa e a indignidade perante Deus; em nome de Deus celebravam um culto alienante e explorador e em nome de Deus impedia-se toda liberdade e iniciativa, tornando impossível o desenvolvimento do humano. Enfim, em nome de Deus se fazia tudo o que, notadamente por Jesus, não convinha a Deus. Além disso induziam à idolatria, já que incutiam no imaginário popular uma idéia de Deus que sequer passa perto de ser verossímil.