No mundo tudo tem seu preço. Parece que não há nada que não tenha a possibilidade de ser mais um item de prateleira a espera de um comprador em potencial. Da natureza ao sagrado, tudo tem sido atravessado pelo processo de mercadorização, chegando ao ponto das relações humanas sofrerem esse mesmo efeito imposto à ordem das coisas. Daí varia. Há aqueles que se colocam a venda, como também há aqueles que se mostram dispostos a comprar. Diferentemente dos objetos, que são sacados do seu meio para tornarem-se mercadoria, os homens que assim se portam, colocam-se a disposição para comprar ou para vender, dependendo apenas da conveniência por trás do negócio. É de fato a comoditização do humano no mercado das relações utilitárias. A pessoa “mercadorizada” só vale como bem de consumo e nada mais.
Isso não é nada novo. No passado não muito distante, até títulos religiosos foram vendidos a famílias nobres das sociedades. Por um bom preço se poderia ocupar um bom cargo eclesiástico. O que parece não estar muito longe de nós, a ponto de não ocorrer mais. Hoje talvez não se venda pelo dinheiro de nossas relações comerciais de praxe, mas se vende por apoio na moeda de um comprometimento incondicional; de um sim sempre dito, mesmo com o gosto do não na boca. Uma corrupção silenciosa, mas amarga.
Mas que bom que a relação com o doce carpinteiro não se funda sobre o pressuposto do utilitarismo comercial. É graça apenas! É dadivosidade! Lava nossos pés e não nos cobra o serviço; nos dá de comer, mas não traz a conta; mata a nossa sede, mas não cobra a água oferecida; paga a fiança, advoga nossa causa, liquida com o processo e não nos cobra pelos seus honorários.
Por que não aprendemos essas lições e desistimos de colocar preço para que as pessoas estejam conosco ou para que estejamos com elas? Por que ainda insistimos em orçar as pessoas em função daquilo que elas tem ou podem dar? Bem, fica aqui apenas um alerta para mim, que escrevo, e para você que lê. Para o carpinteiro Deus, ou para o Deus carpinteiro, como você quiser, o homem não tem preço, tem apenas valor. Mas não um valor flutuante de mercado, que hoje pode estar alto e amanhã não. Para Deus não há recessão afetiva, por isso o valor do outro é sempre maior, a ponto de hipotecar-se numa cruz como conseqüência da valorizar aqueles que muitos desejavam falidos.
Isso não é nada novo. No passado não muito distante, até títulos religiosos foram vendidos a famílias nobres das sociedades. Por um bom preço se poderia ocupar um bom cargo eclesiástico. O que parece não estar muito longe de nós, a ponto de não ocorrer mais. Hoje talvez não se venda pelo dinheiro de nossas relações comerciais de praxe, mas se vende por apoio na moeda de um comprometimento incondicional; de um sim sempre dito, mesmo com o gosto do não na boca. Uma corrupção silenciosa, mas amarga.
Mas que bom que a relação com o doce carpinteiro não se funda sobre o pressuposto do utilitarismo comercial. É graça apenas! É dadivosidade! Lava nossos pés e não nos cobra o serviço; nos dá de comer, mas não traz a conta; mata a nossa sede, mas não cobra a água oferecida; paga a fiança, advoga nossa causa, liquida com o processo e não nos cobra pelos seus honorários.
Por que não aprendemos essas lições e desistimos de colocar preço para que as pessoas estejam conosco ou para que estejamos com elas? Por que ainda insistimos em orçar as pessoas em função daquilo que elas tem ou podem dar? Bem, fica aqui apenas um alerta para mim, que escrevo, e para você que lê. Para o carpinteiro Deus, ou para o Deus carpinteiro, como você quiser, o homem não tem preço, tem apenas valor. Mas não um valor flutuante de mercado, que hoje pode estar alto e amanhã não. Para Deus não há recessão afetiva, por isso o valor do outro é sempre maior, a ponto de hipotecar-se numa cruz como conseqüência da valorizar aqueles que muitos desejavam falidos.